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Lençóis MaranhensesO passeio até as dunas da área chamada Lençóis Maranhenses terá inicio na cidade de Barreirinhas no Maranhão. Na verdade, o passeio tem dois destinos na área das dunas: ou será até a Lagoa Bonita, num trajeto de aproximadamente 18 km a partir de Barreirinhas ou será até a Lagoa Azul, distante cerca de 10 km de Barreirinhas. Então, o atrativo não é apenas deslumbrar-se com as dunas ou apenas fotografá-las, mas seria, também passar o dia dentro das lagoas refrescando-se, como se estivesse numa piscina de águas mornas. Na caminhada passam-se por várias lagoas. Normalmente o guia, que lhe acompanha, lhe indica a melhor para aquela temporada e a maior parte do grupo concentra-se lá. Se pudesse lhe dar um conselho, recomendaria que você contratasse o passeio avisando a agência, ainda em São Luís, que o deseja fazer à tarde, pois segundo as recomendações dos locais, a areia está menos quente e o entardecer permite melhor apreciação e melhores fotos. Existem lagoas que ficam mais cheias ou menos cheias em determinadas épocas do ano. Naquela área do nordeste, só existem dois períodos: o "da seca" e o "das chuvas", cada um com seis meses. Eu fui em janeiro, no período da seca e mesmo assim aproveitei bastante. Acho que a diferença é que podia-se praticamente atravessar as lagoas com água não passando muito da altura cintura e talvez na época das chuvas elas fiquem mais cheias d'água e mais profundas. A saída da pousada Quem chegou em Barreirinhas, saindo de São Luís, no passeio "bate e volta" praticamente não trouxe malas, mas apenas veio no micro ônibus com trajes de banho por baixo da roupa e alguns utensílios básicos. Neste caso, ao chegar em Barreirinhas, já foi entregue direto ao responsável pela agência de viagens que já o estará esperando no local apropriado: normalmente na praça principal de Barreirinhas. Estes já serão colocados diretamente nas Toyotas. Quem chegou em Barreirinhas para ficar mais dias e vai aproveitar os outros passeios, tal como a voadeira pelo Rio Preguiças, a "flutuação" e outros menos comuns de acordo com o seu bolso, foi entregue diretamente na pousada onde será hospedado, já conheceu o seu quarto e já deixou lá as suas malas, separando os itens básicos como se fosse ir a uma praia. Neste caso, a Toyota da agência contratada irá lhe apanhar lá na pousada. O transporte dos passageiros é feito nas Toyotas (um jipe Bandeirante com tração 4x4) na caçamba traseira, que recebe uma adaptação com três bancos de madeira e um toldo cobrindo todas as fileiras. Atrás dos terceiro banco vai uma grande caixa térmica com gelo onde você pode colocar a sua água mineral. Os "locais" são o motorista e o guia, que vai no último banco. Existem umas poucas Toyota Hilux que recebem uma adaptação de apenas quatro bancos na traseira. Quando a Toyota for lhe apanhar, se se puder escolher um lugar, tente ficar no banco do meio e um pouco no centro. Se não puder ficar no banco do meio, tente ficar no banco da frente. Normalmente o guia irá no terceiro banco, atrás. Com o balanço da Toyota no trajeto com areia bem fofa desde Barreirinhas até o ponto onde se sobe até as dunas, o carro balança bastante em todas as direções. Então, quem fica na última fileira sente mais o balanço. Quanto mais pra frente e próximo do entre-eixos, menor a sensação do balanço. Outro detalhe é que a pessoa que fica nas bordas dos bancos, do lado esquerdo ou direito, tem que ficar bastante atenta e não pode conversar muito com as pessoas no centro, sob a pena de ser chicoteada em alguns pontos na cabeça e nos braços pelos galhos que raspam nessa altura. Não chega a machucar, mas dá uma boa arranhada. Ainda falando sobre a saída da pousada, uma vez que todos os passageiros daquela Toyota sejam apanhados, então os carros dirigem-se à margem do Rio Preguiças, ainda pelo lado de Barreirinhas, para que se atravesse para o outro lado, numa balsa que comporta duas Toyotas. Enquanto aguarda-se a balsa na margem do rio, o guia avisa que aquele é o último ponto para se comprar água, no bar ao lado. Esta água poderá ser colocada na tal caixa térmica que eles levam atrás do terceiro banco. Se o seu destino é a Lagoa Bonita, lá existem quiosques vendendo água, refrigerantes, outros sucos e até o famoso "Guaraná Jesus", comum no Maranhão. Passse o mouse sobre as fotos para ver as descrições e clique para ampliar:
O caminho até as dunas dos Lençóis Maranhenses Após a travessia do Rio Preguiças, na balsa que comporta até duas pick-ups, já estamos do lado aonde terá início o trajeto, até a Lagoa Bonita, de aproximadamente 18 km a serem percorridos em quase uma hora até o ponto onde se incia o trajeto a pé pelas dunas. Repare que pode ser que o seu passeio vá até a Lagoa Azul, cujo trajeto é de aproximadamente 10 km. Acredito que a maioria dos turistas vá em uma ou outra. Se quiser ir nas duas terá que ficar mais um dia em Barreirinhas e contratar o outro passeio. No nosso caso, o argumento da operadora de turismo em barreirinhas, representada pelo guia na Toyota, era de que iríamos na Lagoa Bonita porque a Lagoa Azul, naquele período, estava com pouca água. O acionamento da tração 4x4 na Toyota, segundo o guia, já se inicia assim que o veículo se move por este lado do Rio Preguiças. Realmente a areia, bem fofa, já aparece alguns metros à frente e a aventura inicia. O veículo balança para todos os lados, tal com um barco, e nota-se a experiência do motorista em corrigir continuamente o traçado do carro. Todos seguram-se com as duas mão na barra de ferro existente à frente. Recomenda-se que as crianças viajem sempre no centro dos bancos. No caminho, deve-se tomar cuidado com as chibatadas de alguns galhos de árvores. Ou seja, quem está nas pontas dos bancos pode até conversar, mas não deve tirar o olho do trajeto à frente.
Como eu estava com um aparelho portátil de posicionamento global (um GPS) e tinha carregado no aparelho os mapas locais, que traziam cuidadosamente descritas as trilhas até as duas lagoas, então eu tinha noção o tempo todo de "quanto faltava" até chegarmos. O guia, que vai no último banco, avisou que esta é uma pegunta constante dos passageiros depois de mei-hora de balanço no trajeto. O trajeto é por estradinhas de areia já marcadas com sulcos pelos pneus de Toyotas anteriores que passam constantemente pelo local. Em torno, existe uma floresta com vegetação alta típica da região, de modo que tudo o que se vê é o topo da cabine e a mata em volta até chegarmos no ponto de início das dunas. Volta e meia o motorista tem que encostar o carro ou dar a ré por alguns metros para que os carros em sentido contrário passem no melhor ponto. Ou ao contrário, eles param para que o seu veículo passe. Na estrada de areia só passa mesmo um carro e existem alguns pontos que permitem o recuo forçado do carro em caso de tráfego oposto. Em resumo, as pessoas que forami no passeio da manhã encontram os veículos que estão indo no passeio da tarde. Antes de ir, eu tinha uma visão diferente: achava que o trajeto da Toyota era o tempo inteiro nas dunas. Na verdade, o passeio nas dunas é a pé. Não imaginava que houvesse uma vegetação tão intensa e alta margeando a estrada de areia no caminho inteiro. Na verdade, nem imaginava que o trajeto era por uma estrada de areia. Na chegada ao ponto de apoio da Lagoa Bonita, existe um largo com diversos quiosques de madeira bem cuidados, que vendem principalmente artesanato e bebidas. Neste ponto descemos da Toyota e notam-se diversas outras Toyotas estacionadas. Então, logo à nossa frente, está o objetivo maior: uma rampa de areia onde se inicia a duna.
O passeio pelas dunas Efetivamente o passeio pelas dunas dos Lençóis Maranhenses inicia-se segurando-se a corda que pode lhe auxiliar no caminho pela rampa de areia até o topo da beira das dunas. Na verdade, se você tem um certo equilíbrio e consegue tirar o pé ligeiramente afundado na areia, então não precisará da corda. Por incrível que pareça, pelo menos no passeio até a Lagoa Bonita, este será o único ponto com areia fofa pois, daí por diante, o passeio terá pouco ou quase nenhum esforço. Eu imaginava o passseio tal como vejo nos filmes no deserto, com dunas altas e dificuldade para caminhar e muita sede. Nada disso. Acredite, as dunas, na maior parte do trajeto, tem uma fina camada de areia por cima e, por baixo, são duras, úmidas e... frias! São ótimas para se caminhar, aliado ao fato de que os ventos constantes e amenizam o calor. Algums dunas são realmente altas, mas as "rampas" são suaves. É uma paisagem deslumbrante. É claro que um boné e protetor solar são essenciais, mas roupas leves por cima das roupas de banho são imprescindíveis. A caminhada continua, com o guia à frente, em direção à Lagoa Bonita. No caminho, passamos por outras lagoas menores. O grupo vai junto e alguns, como eu, afastam-se para fazer fotos escolhendo cuidadosamente os ângulos das dunas e do próprio grupo ao longe. Não há como se perder, pelas pegadas na areia e porque é tudo gente no meio de um horizonte branco. Passamos por duas lagoas menores e chegamos à Lagoa Bonita. Alguns turistas ficam nas outras lagoas. Você decide. O guia apenas mostra e recomenda. O caminho de volta é fácil.
Na época em que eu fui a Lagoa Bonita não passa da altura da cintura. Isto permite sentar-se e refrescar-se como se estivesse numa piscina rasa com água morna. Então, a curtição é passar o tempo na lagoa, sem fazer nada, apenas aproveitando o momento para relaxar e apreciar as dunas em volta. A volta ocorre um pouco antes do pôr-do-sol. Na caminhada de volta, mais fotos e a última oportunidade de apreciar as dunas e fazer boas fotos, com as nuvens fazendo algumas sombras no horizonte.
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